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domingo, 28 de agosto de 2011

Verdades.

Hoje quando acordei tive uma sensação diferente, uma sensação que por muito tempo não quis ter.Era tão estranho pensar que a maioria das minhas verdades nunca te contei, mais estranho ainda saber essas verdades são mais estranhas do que a própria sensação de suas existências.Não sei se deveria revelá-las,na verdade,talvez fosse melhor deixá-las implícitas nas minhas atitudes,falas e vozes; meus olhares perdidos, meus pesadelos noturnos e naquela ligação adormecida. Só que em determinados momentos sinto que essas verdades são tão suas quanto minhas e não tenho o direito de guardá-las naquela caixinha colorida guardada em meu armário de borboletas também coloridas. Não sei se você sabe mas todos os dias choro, e não é aquele contido.É engraçado que quando percebo as lágrimas já estão molhando meu pescoço; pescoço esse beijado tantas vezes por você,hoje ensopado de saudade.Sabe, você também nunca me ouviu dizer que todas as vezes que te acompanhei, com os olhos, virando a esquina pra ir embora na verdade não eram os meus olhos que te acompanhavam, e sim meu coração tentando fugir por eles pra não sair de perto do seu. Teve uma vez que brigamos, e também não te contei no tamanho do medo que senti de você. Medo do seu descontrole causado pelo mesmo motivo da briga; sendo assim também não te contei que esse é real motivo por eu contar tantas vezes a mesma história em seus ouvidos e nos de Deus na esperança de que meu pedido seja ouvido e atendido. Não é uma questão de não aceitação, mas é uma questão de saber quais as consequências que posso e podemos ter com aquela que não quero nomear aqui. Muitas pessoas já sentiram o peso dessa escolha e eu não quero ser mais uma dessas.
Aquela noite que passei em sua casa, você nunca soube mas, eu não dormi um minuto sequer, velei seu sono. Sabe quantas vezes peguei no telefone pra te ligar e não liguei? Aproximadamente 319. E sabe quantas eu quis você aqui? 1.986. Quantas músicas ouvi pensando em você? 657. O número de vezes que senti raiva? 11. Medo? 2. Saudades?  2.357. Isso sem contar os números que não mencionarei por motivos de matemática. É verdade que por várias vezes não fui a melhor pessoa do mundo, mas na verdade, nunca quis ser. E por mais que eu tentasse reparar os meu erros, sei que uma parte deles ficaram, ficam e ficarão armazenados em sua memória; o que me entristece é saber que, com isso, meus acertos perdem espaço e você acaba por esquecê-los. Inúmeras vezes ouvi você me dizer para te deixar em paz, que sentia raiva de mim, que eu era chata e inconstante, que te pressionava. Tantas outras vezes me pedia pra não cometer os mesmos erros que você cometeu; mas não consigo entender porque insiste em cometer os erros que cometi. O que me torna tão diferente, que os seus conselhos pra mim não se aplicam a você? Penso que se não devo repetir os seus erros, você também não deveria repetir os meus.
No início não acreditávamos que chegaríamos onde chegamos e hoje não quero não acreditar que chegaremos mais adiante. Lembra-se? Éramos tão imaturos e iniciantes no quesito amor, tínhamos medo de demonstrar, de sentir, de querer e até mesmo de viver. Fico pensando qual a intenção da vida com toda essa história; daí chego a conclusão de que é a mesma que hoje me faz escrever. 
Antes cada um teve vidas tão opostas que até hoje algumas pessoas me questionam como foi que nos encontramos. Sei que já vivemos tantas outras histórias que acreditávamos ser de amor, mas que na verdade, pelo menos as minhas, não eram. E isso posso afirmar com tanta certeza quanto a que me faz acreditar que amanhã o Sol estará em minha janela me despertando timidamente.
Não gosto e nem vou imaginar quais músicas, apelidos, sonhos e  gostos de fato são só nossos. Ou talvez quais palavras só eu ouvi.
Depois de tantas tempestades, das quais sobrevivemos juntos; vejo um céu que começa a se abrir límpido e azul. Algumas borboletas começam a voltar para as flores e os pássaros já ensaiam a música alegre que embala os nossos ouvidos. Hoje tudo o que eu preciso é me sentir segura, amada e querida; hoje gostaria que os velhos bons tempos voltassem a reinar, e, que o maus tempos fossem embora de uma vez por todas. Não quero que as doces palavras e atitudes que saíam de você, se transformem em meras lembranças.Não quero sonhar sozinha. Não quero ficar sem você e nem ver nosso castelo abalado por fortes ventos e terremotos. Não quero ouvir mais aquelas palavras cobertas de ódio, raiva e agressão. Não quero mais ouvir suas promessas sem datas ou planejamentos. Não quero mais tê-lo ao meu lado, se não for por sua própria vontade ou escolha. Estranho isso né? Você deve se lembrar que uma vez te disse que seria capaz de deixá-lo partir, caso percebesse ou tivesse a certeza de que seu sorriso não era mais verdadeiro; ou talvez se as borboletas que antes residiam em seu estômago tiverem morrido; ou ainda se aquela melodia não te trouxesse mais, a minha imagem;

Após tantas verdades, não me resta outra opção a não ser torcer para que mais cedo, você encontre as respostas para as suas perguntas. Espero que ainda restem algumas borboletas e que de fato que os ainda sejam maiores que as lágrimas.

Vou mais uma vez acreditar que todo o sentimento que plantamos ainda esteja vivo e pronto para frutificar; vou acreditar também que amanhã quando eu acordar, encontrarei aquele príncipe que a um tempo atrás me deixou na estrada esperando sua volta. 

Espero que ainda queira chegar ao meu coração...só posso percorrer metade do caminho e levar metade da responsabilidade...

Escrito durante uma conversa de espíritos...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dissolutos.

A noite cálida os escondia, a estrada os levava. Parecia frívolo, mas não naquele momento! O calor aumentava a cada respiração.Na verdade, impossível saber quando respiravam ou quando os corações batiam acerlerados. Quiseram e planejaram TUDO. Cada olhar, cada palavra, cada mão.Adrenalina alta no cérebro,olhares atentos a qualquer movimento.Ávidos se tocaram, se conheceram, se desejaram.Uma boca salivava a outra secava, uma mão congelava e a outra se queimava, estranha sensação de uma mão desconhecida a explorar um corpo também desconhecido. Sensação excitante, inspirante. Ela ficou ali observando o desbravador que navegava com olhos,mãos e boca em seu corpo.O toque era perigosamente delicioso e ela se viu entregue ao desejo e a loucura.O despertador toca e ela acorda, trêmula, incrédula; fora um sonho? Não! Seria irônico se não fosse tão racional.


Escrito por um ser que não mais reside aqui...

Mais um.

Faz tanto tempo que não escrevo, na verdade pouco tempo tenho tido pra isso! Hoje cheguei em casa mais cedo, não estava afim de fazer outra coisa de faculdade e resolvi sentar aqui. Coloquei minha banda favorita pra tocar e comecei a pensar em tudo! Estamos no meio de mais um ano, mais um ano de muitas conquistas e derrotas, de lutas e calmarias, de amores e ódios, sorrisos e lágrimas...bom né? Estamos crescendo, evoluindo e nos tornando seres melhores. Já parou pra pensar nisso? Quantos sorrisos você roubou hoje?


Escrito por alguém aqui...
Após tanto tempo, tanto encontro e desencontro cá estou. Olhando as nossas fotos, ouvindo nossas músicas e derramando as minhas lágrimas. De tempos em tempos me recordo dos momentos de sorrisos que passei ao seu lado, e é estranho imaginar que mesmo depois de tanto tempo eu ainda não consigo te conhecer e reconhecer. Me perco nas suas palavras, atitudes e até nas suas ausências; tento me manter ali esperando seu próximo movimento, sua próxima decisão; será que vai me ligar ou será que não vai querer me ver? Fico tentando adivinhar seus pensamentos e interpretar seus sentimentos, mas juro que a cada dia que passa me distancio mais e mais de encontrar as respostas para minhas dúvidas. Queria eu saber o que está acontecendo ou onde foi que me perdi, pois a cada sorriso que dou, 546 lágrimas meus olhos derramam.Não consigo me lembrar da última paz que meu coração sentiu, coração esse que cada dia diminui...apostei todas as minhas moedas que dessa vez seria diferente, que todas as mudanças nos trariam melhorias; mas você tem estado tão longe, tão longe quanto eu não consigo chegar. Sinto falta das nossas conversas sem rumo, das cartas com perfume e das rosas embrulhadas as pressas. Sinto falta também da segurança, do abraço caloroso, do beijo ardente e do olhos sorridentes. Onde está você? Onde estou agora? Tudo o que queria agora é sentir aquela brisa em meu rosto e ouvir sua voz me dizendo que tudo ficará bem. Mas nem ao menos sei o que na verdade é. Não sei mais da sua vida, não participo das suas conquistas e nem recebi o convite para as coisas desnecessárias. Será que você está indo embora e só eu não percebi? Não sei mais diferenciar. O importante é que sei exatamente o que sinto aqui...




Escrito por Naty Iasmin há muito, muito tempo!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Antes que eu esqueça.


Ontem senti falta daquele Julho, daqueles dias em que te via do acordar ao dormir. Lembrei das caminhadas de mãos dadas, dos bancos das praças, do sorvete e das flores. Tínhamos tantos planos, fizemos tantas coisas, era nossa última chance de viver aquele amor que ficara marginalizado por anos e anos, podíamos andar pelas ruas e avenidas como um casal, sem repreensões, sem medo. Sei que não temos mais o que fazer, estamos em mundos diferentes, com pensamentos, planos e vidas também diferentes. Perdemos o trem, e lá vai ele pra bem longe; ficamos de novo em diferentes estações. Lembro-me de como tudo começou, “Oi...”, em tão pouco tempo, tanta coisa... Cartas, flores, passagens, festas, perfumes, beijos roubados entre uma fuga e outra, exército, outros amores, imaturidade, distância, você, eu, eu,você, brigas, ciúmes, famílias rivais, parecia até um romance de Shakespeare.
Onde foi que nos perdemos? Que traiçoeira essa vida, nos separou por tantos anos e quando tivemos a chance de viver esse amor, não soubemos aproveitar. Talvez devesse ser assim, talvez vivamos na próxima viagem de trem. Não pense que voltei atrás, só queria que soubesse a verdade, que meus sentimentos não mudaram, o problema é que não consigo ver nosso mundo aqui; ele só existe aí, desde o início, desde aquele olhar de canto de olho. Nosso amor não sobreviveria fora daí, e definitivamente não quero sair daqui. Por isso abri mão dele, somos tão diferentes, o seu português é errado e eu nem sei jogar futebol! Minha única intenção com essa conversa toda é dizer que sempre te amei e que queria ouvir sua voz agora. Ontem queimei as nossas cartas e fotos, hoje tenho minha vida, minha casa e minha família; já não ouço mais aquelas músicas e nem sei mais onde te procurar ou talvez não queira mais te encontrar. Sempre serei grata por tudo o que fez, por tudo que me fez sentir. Espero que seja feliz, assim como continuo tentando ser.

Ah! Antes que eu esqueça, te amo.

Escrito por Nenemzinha