Lisbela e o Prisioneiro!

Era mais uma noite, mais uma noite de primavera. Noite fresca, estrelada e tranqüila. A bela flor sai... anda, passeia, encanta e perfuma! Pessoas passam, correm, param! A Flor sorri alegre e alegre olha... Outrora essa passara pela vida e ali parara, parara? Sim parara! Não por medo, receio ou cansaço, mas sim porque havia ali algo que a trazia pra perto, pra junto... A Flor sabia que uma mistura de sentimentos a tomavam naquele momento, é MOMENTO! Algo que há muito não acontecia... O coração batia acelerado, o cérebro e seus neurônios passavam mensagens a mil por hora. Mistura boa, frio na barriga, mãos suadas, pernas bambas.... a Flor olha, conversa e aos poucos se embriaga... E ele? Ele se aproxima, a toca e a olha com um olhar que muito dizia, palavras sinceras e sorrisos em tons de alegria. A Flor o encantara e agora não sabia como agir ou reagir. Ela se solta e por um instante o espaço se transforma, as pessoas somem, e, ali como que por mágica ficam apenas ELE e ELA. Ele a beija, um beijo de MOMENTO, e ela?! Ela se vê sem forças para impedi-lo; o receio toma conta de seu coração, ela teme os pensamentos... Mas algo acontecera, a Flor estava envolvida, ela o olha um olhar amedrontado, ele a abraça e ela recosta segura. O tempo pára, ela fica, ele a elogia, linda por fora e por dentro, jóia rara, princesa de contos de fada, ela sente suas bochechas queimarem de vergonha, sorri e ele a beija. Conversas, olhares, idéias compartilhadas, mãos, boca, perfume. A flor que tanto pensa, expressara o seu jeito de ser ali em algumas horas. Ele a admira, observa e atento sorri. De repente o tempo volta a correr, era chegada a hora menos desejada naquele MOMENTO, a Flor deveria voltar ao seu jardim e não havia nada a ser feito. Ele a abraça e pra ela conta sua história...se alegra com as alegrias dele. Mas havia uma partida, uma despedida breve aconteceria e aquele MOMENTO se eternizaria em pensamento e palavras aqui escritas. A Flor deve ir, ele a leva ao jardim e antes que ela entre, novamente a abraça e a beija docemente. Era o fim? Seria assim uma ligação aconteceria em breve. Talvez, talvez a Flor o encante por mais alguns MOMENTOS, momentos que precederiam a despedida final. Ou talvez ele esqueça o MOMENTO e a Flor acorde daquele sonho de primavera. Ela sutilmente o olha pela última vez e deixa com ele o perfume, perfume que encanta, marca e docemente traz de volta o MOMENTO vivido! Ela se vira e volta ao jardim, ele se vira e vai embora! O amanhã não se sabe ainda, talvez saibamos, vivamos ou apenas lembramos... Ou talvez ele simplesmente venha! Mas a Flor só quis uma coisa naquela noite, que ele não a esquecesse.... E isso! Isso era uma promessa...

Por Natashe Iasmin