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terça-feira, 29 de março de 2011

Suas mãos.

Elas me aquecem, me afagam, me apertam.
Me benzem, me protegem, me passam.
Uma só me chama enquanto a outra me encanta!
As duas espantam minhas tensões, uma só me acena.
Conhecem meu rosto, meus olhos e meu corpo.
Com elas me divirto, com elas me perco.
Se podem, me carregam. Quando não, me guiam.
Quero um par pra cada dia da semana.
Já sinto falta desde o último toque. Já quero "bis"!
Onde vou encontrá-las? Como vou conquistá-las?
Que pele é essa que só de pensar me arrepio!
Que olhar é esse que me fez perder a direção da sua boca?
E por fim, que pensamentos aqueles que nos levaram a uma libertina aventura.


Escrito por Naty Iasmin baseado em fatos...

quinta-feira, 17 de março de 2011

AMAR BONITO - Artur da Távola

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprendam a fazer bonito seu amor.Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito.Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender...Tenho visto muito amor por aí.Amores mesmo: bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva.Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos.Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção.Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam,descuidam, reclamam, deixam de compreender, necessitam mais do que oferecem, precisam mais do que atendem, enchem-se de razões.Sim, de razões.Ter razão é o maior perigo no amor.Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão.Nem queira!!!Ter razão é um perigo: em geral, enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada.Amar bonito é saber a hora de ter razão.Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito?De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível?Talvez não.Cheio ou cheia de razões, você separa do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.Quem espera mais do que isso sofre e, sofrendo, deixa de amar bonito.Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia.Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama.Saia cantando e olhe alegre.Recomenda-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando, não se cansar de olhar e olhar, não atrapalhar a convivência com teorizações, adiar sempre se possível com beijos 'aquela conversa importante que precisamos ter', arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.Para quem ama, toda atenção é sempre pouca.Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível.Quem ama bonito não gasta tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine cheia de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor, ame.Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade, abrir o coração, contar a verdade do tamanho do amor que sente; não dar certo e depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito).Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabiamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser.Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs.Falando besteiras, mas criando sempre.Gaguejando flores.Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil.Revivendo os caminhos que intuiu em criança.Sem medo de dizer eu quero, eu estou com vontade.Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é.Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto.Não se preocupe mais com ele e suas definições.Cuide agora da forma do amor:Cuide da voz.Cuide da fala.Cuide do cuidado.Cuide de você.Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.
Postado por Naty Iasmin que acha que TODOS deveriam ler.

sexta-feira, 11 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

Enquanto eu não durmo, os pensamentos me consomem.

O que acontece quando olhamos para trás e vemos aquilo que estava esquecido?


Em alguns momentos me pego pensando na vida de uma maneira geral, como se ela fosse um livro que pudesse ser lido e relido sempre que me desse vontade.As vezes ouço a mesma música tantas vezes, só pra ter certeza de que a sensação que ela causa é a mesma desde a primeira vez.Algumas pessoas passaram tão rapidamente em meu caminho que até hoje não consigo dizer quando é que foram embora. Enquanto isso tudo permeia minha cabeça e me tira o sono, o frescor da madrugada entra pela janela do meu quarto, a TV fala para as paredes e a playlist toca a mesma música a mais ou menos duas horas. O céu está escuro como nunca e os meus olhos permanecem abertos como se fosse dia. Os dedos frenéticos tentam acompanhar a velocidade da ideia que tento passar para o computador e em compasso ouço ao longe os últimos carros que entram na garagem para dormir.
Todos dormem e eu me policio pra não fazer tanto barulho. Não sei se de algum modo alguém ainda me observa ou se na verdade todos os olhos já se fecharam. Volta e meia alguns flashes vem e vão em minha memória e tento em vão segurá-los. 
Minha cama ainda está bagunçada da noite anterior e restos de um dia cansativo repousam no chão. Me desligo de tudo e repasso a pauta de hoje, que na verdade agora é ontem que o amanhã já é hoje;  tudo tão rápido e tão bem ensaiado...
Sinto falta de quem está longe, de quem está muito longe e de quem não voltará. Vejo as fotos que adornam meu guarda roupa e um filme se forma.
Onde estão? Pra onde foram? Será que viraram estrelas? Talvez estejam dentro de mim, como parte componente da minha matéria física e espiritual. 
É como se seus cheiros ainda fossem conhecidos ao meu olfato. Lembro bem dos sorrisos. Ah! Como gostava daqueles sorrisos. Sorrisos da alma, de quem foi feliz mesmo que por um minuto. Lembro também dos olhares. Lembro de como os decifrava e isso era tão assustador como instigante.
Sabe aquele chocolate quente? Pois é, eu nunca tomei. Mas teve um café que me marcou muito. Ainda tenho a Barbie ginástica, mas ela agora brinca em outras mãos; o que não quer dizer que ela não seja mais minha, ela agora tem novas mãos que a seguram.
O vestido que foi feito sob medida pra usar no Natal, não me serve mais e com certeza hoje cobre uma nova pele. Mas ele ainda é meu nas fotos que tiramos.
A meia da sorte, não teve tanta sorte pois quando ele a achou caída no chão, logo a transformou em brinquedo. Não o culpo! A carinha de piedade que ele fez quando descobri a "arte", compensou qualquer meia mordida.
Superei o medo de dormir sozinha, hoje até levanto de madrugada e caminho no escuro até o banheiro. As músicas que decorei na formatura da quarta série ainda estão fresquinhas em alguma gaveta do meu cérebro e é engraçado que as vezes me pego cantando uma ou outra.
Realizei quase todos os meus sonhos: usei gesso no braço, onde todos assinaram; usei óculos, pois perdi 0,25 da visão psicologicamente; usei aparelho nos dentes e pintei e bordei com as borrachinhas. Fugi de casa por meia hora, desidratei de tanto chorar por algo que pensei ser amor, estourei o limite do cartão de crédito com roupas, bolsas e sapatos; virei a noite dançando, acordei de ressaca, ganhei meu primeiro carro e o primeiro video game também. Ah! Assisti jogos de futebol no estádio, tomei banho de chuva, colecionei adesivos, ganhei amizades, aprendi tantas coisas boas, li tantos livros...já fiquei internada!
Hoje tenho novos sonhos, que daqui alguns anos espero tê-los realizado.Tenho medos novos também, e esses ainda terei de enfrentar.
Minha mãe sempre me disse que ninguém nasceu pra ficar sozinho, mas na verdade estamos todos sozinhos. Estranho pensar nisso, mas é verdade! Ninguém pode sentir nossas dores, medos, angústias; não podem ler nossos pensamentos e nem ser nós mesmos. Daí eu pergunto: No que se resume a vida? Amor? Sonhos? Família? Amigos? Festas? Viagens?
E isso me leva a refletir sobre a amizade, o que é a amizade? Ou melhor qual é a melhor maneira de ser um amigo? Alguém me diz a receita?
Não vou discorrer sobre o assunto, pois ainda estou aprendendo...
Nesse momento, ouço o som do silêncio e sinto que de certa maneira meu pensamentos começam a se acalmar. Talvez seja a hora de dormir, assim amanhã quando eu acordar, terei milhares de novos pensamentos que me consumirão novamente...

Escrito por Naty Iasmin que hoje não sabia ao certo o que queria dizer, talvez os pensamentos conseguiram ser mais rápidos que os dez dedos. Olha! dez é o número de vezes que escutei a mesma música enquanto escrevia.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sempre que quero você!

Sempre que quero você por perto olho as nossas fotos, releio os emails e ouço as músicas.
Sempre que quero você entro na loja de perfumes e peço uma amostra do que você usa.
Sempre que quero você fecho os meus olhos e vejo os seus a me olhar.
Sempre que quero você uso aquela camiseta esquecida em meu guarda-roupa no fim de semana passado.
Sempre que quero você relembro seu toque, escuto sua risada e sem querer te vejo do meu lado.
Sempre que quero você te ligo 356 vezes, te visito 53 e te esqueço só pra lembrar...
Sempre que quero você deixo meu coração me levar até o seu e ali fico até adormecer.
Sempre que quero você te conto meus segredos, mostro meu livro de sonhos e escrevo um poema novo.


Escrito por Naty Iasmin...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Motorista ou passageiro

Passam os dias, as noites, as semanas, meses e anos.
Passo eu e passa você.
Passam as estações, datas comemorativas e planos.
Passa você e passo eu.
Passam os carros, as ruas, os semáforos e radares.
Passo eu e passa você.
Passam os pássaros, as nuvens, o Sol e as flores.
Passa você e passo eu.
Enquanto a vida passa, somos todos passageiros.
É como um carro em uma rodovia e nós ali no banco. 
A questão é: seremos o motorista ou o passageiro?
Tudo o que precisamos é depois chegar em casa e repousar...

Escrito por Naty Iasmin que hoje será passageira...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ano novo, Eu novo/velho

Sou à flor da pele, a chuva que molha a grama e a crisálida que logo será uma borboleta. Sou minha mãe e meu pai, meus amigos e animais.Sou as palavras que escrevo, as lágrimas que choro e os sorrisos que dou de presente. Sou o cor de rosa do meu quarto e objetos, as músicas que ouço e ninguém conhece, sou o sacolejo do esqueleto em compasso com o ritmo...Depois disso tudo, sou o stress do dia-a-dia, as mentiras que já contei, as frases que completei, os erros que cometi e as lições que aprendi. Sou as amizades que perdi, as noites sem dormir, as jujubas e besteiras que comi e o perfeccionismo com o qual nasci.Sou a alegria de uma criança no Natal, a fome de outra que nem comida sabe o que é, o medo do trovão e o astronauta-bombeiro-cientista. Sou a força misturada à delicadeza da Flor Branca, sou a Naty, a Natashe Iasmin, o meu amor, a solidariedade e a fé de um mundo melhor e igual para todos.


Escrito por Naty Iasmin enquanto somava seus depoimentos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Eu vou tentar

Passar mais tempo com quem amo
pensar mais na vida 
levar mais o Floquinho pra passear
pedir mais desculpas...

Cantar mais no chuveiro
assistir mais crepúsculos
desenhar mais na janela embaçada
ler mais livros...

Ouvir mais músicas
dançar mais vezes por semana
entender mais as diferenças
perdoar mais os erros alheios...

Chorar mais em finais de filme
rir mais de piadas sem graça
ajudar mais o próximo
sentir mais o cheiro das manhãs...

Almoçar mais com minha vó
brincar mais com meu irmãozinho
praticar mais o desapego material e do passado
conversar mais com a minha mãe...

Fazer mais preces durante o dia
valorizar mais as pessoas
dedicar mais à faculdade
exercitar mais o corpo e a alma...

Tornar os 365 dias mais felizes
tomar mais sorvete e açaí
comer mais comida oriental
colorir mais o mundo.

Beijar mais meu namorado
ouvir mais meus amigos
emanar mais energia positiva
acreditar mais no lado bom de tudo!

"SER FELIZ OU MORRER TENTANDO!"

Escrito por Naty Iasmin que tenta ser uma pessoa melhor diariamente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O beijo que não te dei!

Hoje o dia amanheceu ensolarado, céu aberto, poucas nuvens distraíam minha mente.Debruçada na janela do terceiro andar, imaginei você tocando o interfone e eu descendo as escadas rapidamente para chegar logo até seus braços;  foi aí que uma nuvem nova surgiu e eu lembrei que isso não iria acontecer.Deixei, sem querer, uma lágrima escorrer em minha face e em poucos segundos cá estava eu aos prantos. Aos prantos por não te ter aqui justo hoje: dia 12! Pensei em tanta coisa e em nada ao mesmo tempo, me perdi na dança dos passarinhos e  na música de domingo. Queria me teletransportar e ir até você, dizer o quanto te amo e olhar seus olhos cheios de ternura ao me ver, sentir suas mãos ao redor da minha cintura e seu perfume impregnando em minha pele enquanto te abraço...mas fui impedida pela dura realidade de estar a mais de 200 km de você. Mais uma vez,sozinha, ouvi nossas músicas, olhei nossas fotos e li os versos que eu fiz. Engraçado pensar que te tenho tão perto e longe ao mesmo tempo, que na maioria das vezes me sinto idiota em acreditar que isso seja possível! Há exatos seis meses, estávamos na sacada do meu apartamento e você, aos sussurros, me pediu em namoro. Parece que foi ontem...mas de fato não foi! E hoje comemorei sozinha nosso aniversário, desejei ter almoçado e passado o dia com você e de fato, também, isso não aconteceu! Mas é como você vive me dizendo: "Nós sabíamos que seria assim..."
Não quero mais escrever nada, quero sinceramente esquecer o dia de hoje, esquecer que não te vi, não abracei e principalmente o quanto chorei...
Amanhã tudo volta ao normal, levanto cedo e vou pra aula, volto pra casa, almoço e vou trabalhar, saio do trabalho vou pra aula e volto pra casa. Fique tranquilo que guardarei silenciosamente em meus lábios o beijo que não te dei, o dia que você voltar te entrego...

Escrito por Naty Iasmin que hoje não conseguiu ser forte, disfarçar e muito menos não chorar a dor de mais um dia 12 longe de quem ela tanto ama...

Música de fundo: Skinny Love - Bon Iver

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Poema de não Segunda!

Dentro de todas as nossas agradáveis surpresas
as mais assustadoras coincidências
são docemente assustadoras, admitirei
porque elas nos deixam ainda mais próximos
porque elas nos dizem em alto e bom som
que devemos atravessar uma vida juntos

E eu não me contento com isso
queria mesmo é atravessar umas quinze vidas
ou atravessar a maior avenida da América do Sul
carregando-te nos meus braços
porque esta cena é o que nossa história exige
se não fomos para ser felizes
então seremos apenas amontoados de papéis
que ostentam algumas palavras doces
carregadíssimos de promessas

Só de cogitar você já é uma inspiração
você sabe disso porque eu não me cansarei
de passar os bilhetinhos mais lindos
por debaixo da sua porta
colá-los no seu espelho
e costurá-los no seu cérebro
porque, assim, você não me esquece nem por um minuto
a ponto de querer atravessar planetas ao meu lado


Postado por Naty Iasmin e escrito por Luiz Guilherme do Amaral com inspiração!